segunda-feira, outubro 10, 2022

 Bivalves



Da beleza das suas águas
Nos segredos que encerra
Desde imemoriais tempos
De Naus sepulcrário
Do Mar da Palha até ao Mouchão
Fisgadores de bivalves
Às centenas, talvez milhares
Impossíveis de contar
Em lamacentas águas
Esquadrinham cada centímetro
Buscando suas presas
Traiçoeiros baixios espreitam
Em suas manhosas correntes de Baixa-Mar
Em cada maré cheia
Algumas vidas roubadas
Na procura de parco sustento
São as vidas arriscadas
Em traiçoeiras correntes
É a vida de quem luta
Pelo sustento dos seus
É a vida destas gentes
                        .
Autor :Pintor de Palavras
Imagem : Autor Desconhecido
 
 Dedicado a quantos perderam a vida na apanha da ameijoa no Mar da Palha

domingo, outubro 09, 2022

 

Cantaremos


Na rima de uma canção
Mora a verdade que se não sabe
Realidades inventadas
Por as razões desconhecer
Vivendo a vontade de saber
Razões deste momento
Cantaremos
Canções de quem amou
No passado e no presente
Cantaremos a esperança
Cantaremos a fé que em nós reside
Que o tempo é curto e regressando
Deixarás de estar ausente
Cantaremos a liberdade de quem
Estando longe não está ausente
Cantaremos a saudade que está presente
Com a voz que rouquidão já sente
E ao futuro nossa canção cantaremos
Rodopiando na alegria do brincar de uma criança
Cantaremos a confiança no futuro e no presente
.
Autor:Pintor de Palavras
Imagem MR23

sexta-feira, outubro 07, 2022

Desenho da vida

 

No desenho da vida
De lápis provido
Formas leves, indistintas
Com grafite se faz
Leva Bosquejo
Indistinto, inacabado
De onde irão brotar
As formas que a tela terá
Abraçando a tinta que o pincel agasalha
Por sobre o bosquejo derramando
Concedendo ao artista
Devaneio da obra criada
Nunca pronta
Sempre incompleta
À luz do dia em seu desvairo
Ato de vida
Em que todos são criadores
Cada um pintalgando sua tela
Recheada de cores mil
Cinzentos, verdes, vermelhos
Arco iris em chuvoso dia de Abril
Na tela da vida
Só quem a pinta sabe entender
Os tons que a mesma contém
É na tela que pintam
Que todos buscam viver


Pintura: Autor S.S.

quinta-feira, outubro 06, 2022

 Hoje



Hoje acordei e…
Percebi
Percebi que é o tempo
Em que mais tempo não há!
Em que o relógio do tempo parou
Pêndulo
Em perpétuo movimento
Marcando o tempo que não persiste
Hoje…
É o dia zero de um tempo
Que se finou
De um passado que foi
De um hoje que o não é
Hoje…
É o dia
Em que sonhos pereceram
Hoje é…

O dia das memórias dos tempos que foram…
 
Hoje é o primeiro tempo
 
De um amanhã em que o tempo nosso será!




 Foto horoscopovirtual

segunda-feira, outubro 03, 2022

Hoje há Luar

Clareando calcorreados caminhos
Sobe a lua no horizonte
Sem bússola nem astrolábio
Por ruas da cidade
Tão vazias quanto eu
Alheando pensamentos de vivências ocorridas
Cada vez mais distantes, 
Engolidas pela névoa do tempo
Germina a vontade
De andar só pelas ruas desertas desta cidade
Subindo, descendo suas colinas
Um vulto de alguém que vagueia
Um sem-abrigo em precário agasalho
Ou algo imaginário
Sem perceção dos caminhos percorridos
Desemboco na grande praça
De seu nome Comércio
De onde naus partiam em busca de outras terras
Regressando carregadas de açafrão, pimenta e outras iguarias
Ali
Tudo se comprava e vendia
Sedas, vidas. especiarias
Escravos agrilhoados eram comercializados
Como vulgar mercadoria
Sinto o rio, na sua baixa-mar
Barcos que aportam aos cais
Transportando, sonhos, tristezas, alegrias
Ou somente o cansaço de mais um dia
Sentado na escadaria
Entre as colunas que ao cais dão nome
Horas não contadas
Em maré que vai subindo
Com novas energias desperto por fim
Ouvindo a cidade dormindo
Inicio caminhada sem trilho
Ao encontro de… 
...MIM

Autor : Pintor de Palavras

Boa semana


Para todos os que me visitem
E com votos de boa semana.
Ofereço estas flores virtuais mas poderiam ser reais se isso fosse possível.
Recebam com o mesmo carinho e ternura com que as envio.

Pintor de Palavras

sexta-feira, setembro 30, 2022

Alentejo

 

Foste o celeiro da nação
Terra de povo valente
Resistindo até á morte,
Nunca subserviente

De tuas entranhas brotava o pão
Que o país alimentava
Vastas searas de orgulho 
De quem as semeava
 
De batalhas travadas
Por interesses que não teus
Foste terra abandonada
Em ti deserto nasceu
 
Nunca desististe
De defender desejo teu
Pujante em tua vontade
Tua filha nasceu
 
Suas águas são o sangue do teu corpo
Percorrendo tuas entranhas
Regam inóspitas terras
Antes desamparadas
 
Recuperaste a beleza
Dos tempos de outrora
Das tuas entranhas
Nascem outras riquezas agora
 
Em teus campos caminho
Meus olhos se embaciando
Sente-se crescer o carinho
Cada dia mais te amando

Em tuas terras renascidas
De olivais e amendoeiras
O extenso manto de verde
Na beleza das tuas videiras
.
Autor : Pintor de Palavras
Imagem:desconheço o autor

quinta-feira, setembro 29, 2022

Amizade


O bailado das ondas
Sobre o mar pagodeando
Desmaiando de afetos
A praia vai abraçando
Em extenso areal
Onde se espelham raios de sol
Em sereno desmaiar
Renascendo os sonhos
Por onde andam
Teus devaneios
Medos e anseios
Ao mar perguntas
Onde podes buscar
A alegria de viver
E aos ventos bradar
Num segredo diz-te o mar
Outra caminhada iniciar
Que te irá arrebatar
Para em novas manhãs
Sem acordar
Novo corpo abraçar
Outro afeto gozar
Do marasmo sair
A vida reencontrar
E quando uma janela abrir
Ver o Sol brilhar
.
Autor : Pintor de Palavras
Imagem: anna derzhanovskaya

segunda-feira, setembro 26, 2022

De poesia são

 

De poesia são
Os ecos de teus dizeres
Que em cada estrofe me trazes.
Cantados no sentir de cada palavra
Ecoam ao longo de verdejantes vertentes
Nas serras e vales
De nossos sonhadores devaneios
Cavalgando docilmente o dorso dos ventos
Em desfiladeiros de sentimentos
Palas margens de secretos riachos
Desabrocham
Silvestres jardins de matizados tons
Irreverentes de selvagem beleza
Libertando inebriantes perfumes que nos conduzem
A seus épicos poemas
Filhas da natureza
Crescem em liberdade
Quais pinceladas em tela do prado de mil cores pintado
Perdurando na memória dos tempos ficam gravados em nós.

São de poesia os ecos nascidos da tua pena

Autor : Pintor de Palavras
imagem: sina domke

domingo, setembro 25, 2022

quando . . .




Quando estou triste e minha alma cansada
Quando o mundo desaba
Quando negras nuvens ensombram os pensamentos
E a dor é insuportável
Silêncio é o meu refúgio
Eis que chegas
Ouvindo a tua voz
Debruço-me no teu colo e a calma regressa
Tu me levantas
Levantando-me levas-me a subir às mais altas escarpas
De onde se alcança o horizonte da esperança
A dor alivia
Na calma que me transmites
Contigo caminho sobre as mais violentas tempestades
E ganho forças quando em mim sinto a tua mão
Sei que sou capaz de conseguir
Vencer todas as dificuldades
Porque o teu colo está lá
Esperando por mim

autor :Pintor de Palavras
imagem : matt cherubino

sexta-feira, setembro 23, 2022

Outono


 


Nas árvores as folhas amarelecem
Misto de tons profusos
Algumas
Vão-se desprendendo
Em erótico desnudar
Dos galhos que até então as sustinham
Expondo-os à intempérie
Dos elementos, olhares indiscretos
Graciosamente em seu balancear
Ao som de melodia
Trazida pelos ventos
Que só elas ouvem e sentem
 
É Outono
 
Apetece-me enviar-te as mais belas flores
Forjando imaculado manto
Arrolhando teu desnudado corpo
Com ternura

Autor  :Pintor de Palavraa
Imagem : Kindra Nicole

quinta-feira, setembro 22, 2022

Continuação

…hoje regressou um pequeno cansaço.

Ainda que sem forçar a subida da exigente escarpa, nem sempre a solidão de uma escalada a sós será a melhor companhia.
Sente-se a falta da ternura de uma palavra amiga que nos dê alento ondo nos possamos apoiar qual agarra da montanha.
Atingido que foi um planalto, acima da linha das alvas nuvens de um branco imaculado espraiando os olhos até onde a vista alcança, sento-me numa saliência da escarpa e deixo a vista divagar pela beleza que me assiste.
Do manto, aqui e ali, elevam-se pequenos cômoros, quais vigilantes protegendo alva paisagem.
Ao longe avista-se gigante pássaro de aço transportando dentre de si alegrias, sonhos, tristezas, clandestinos amantes em fuga da mentira de falsos amores.
Por vezes pequena e rebelde névoa desprende-se da nuvem mãe e levada pelos ventos vai aninhar-se noutra nuvem, procurando, quem sabe, o seu amor secreto.
Na imensidão da alva brancura que a vista alcança sentimos quão pequenos somos e a insignificância do que pautamos importante ser.

Calmaria a que assisto e descanso, recuperando forças para continuar a subida da escarpa, procurando atingir o seu cume e lá te encontrar esperando-me.

… hoje é dia de descanso…

... voltarei...

...continua...

Autor : Pintor de Palavras
Imagem : Evan Atwood

terça-feira, setembro 20, 2022

Acordei

 

Ideias nascem em catadupa

Dançando sem pauta nem maestro
Em intenso frenesim
Cada uma procurando seu lugar
Na melodia
Que te procura
Nunca vi teus olhos
Arco iris de multicores

Soltam-se em liberdade
Palavras escritas
Ao sabor da pena
Na tela gravando imagens
Sentir da prosa expressa
Vão ficando em pensamentos
Até ti minhas viagens

Fica o segredo
Da troca e do prazer
De sabermos a verdade
Possuir a poesia
A nossa cumplicidade

Autor : Pintor de Palavras
Imagem : Janelle Pietrzak

segunda-feira, setembro 19, 2022

Tua viagem



In memória do meu amigo Abel que partiu, inesperadamente, aos 53 anos


Tua viagem
Num tempo que foi
Ligeiro
E fez saber
Que somos
Ilusão
De sonhos
De sentimentos
Turbilhão
Tua viagem
Foi
No espaço temporal
Pequena
Partiste
Em viagem serena
A paz alcançaste
Partindo
Não foste
Presente estarás
Serás sempre
O Amigo
De jornada companheiro
Árvore
Giesta
Da planície sobreiro

Fica em mim teu grito nos meus momentos de maior debilidade

FORÇA CAMARADA!

Autor : Pintor de Palavras
Imagem : david freske

domingo, setembro 18, 2022

dia dois




 dia dois

no bivaque encontrei solitária torga em cores de fogo, flor associada à solidão e proteção.
sobre nossos sonhos conversámos, íntimos segredos trocámos e.… fizemos amor!
amanheceu, com o brilho do sol iluminando a via escolhida para nova jornada.
despedi-me da torga e parti sem saber quantos efémeros amantes ela havia tido em tempo idos e os que o serão nos tempos futuros.
com as forças e a fé redobradas peguei a agarra mais firme e continuei a subida da ingreme escarpa,
CONFIANTE e RECONFORTADO!

continua...

irei dando notícias da minha jornada sempre que... 

autor : Pintor de Aguarelas
Imagem : autor desconhecido

sábado, setembro 17, 2022

Escalada

Foto de autor desconhecido


Hoje foi o dia um do recomeço da escalada, a solo, da escapa da montanha da recuperação da minha saúde, após bruta e desamparada queda por falta de EPI, permitisse minorar os danos.
Olhar o pico da escarpa para lá das nuvens é arrepiante, mas ao mesmo tempo desafiante.
Sem ancoragens, nem Back Up
Pés e mãos desprovidas de proteção
Procuro encontrar agarra segura que permitam a elevação lenta e constante,
Encontrado o bivaque ideal, é hora de pernoitar e recuperar força física e moral, para continuar manhã.
Sim.
Hoje venci parte da via da escarpa, sem croquis pré definido, derrotando os meus medos.
Amanhã continuarei, com a certeza de conseguir alcançar o topo da montanha, assim a força e a fé me acompanhem.
 

 Continua….

Autor : Pintor de Palavras

sexta-feira, setembro 16, 2022

Amizade


do terraço o mar avisto
em espelho prateado
luz da lua refletindo
em sereno adormecido
o que dele conhecemos
tanto e tão pouco sabemos
dos perigos que encerra
quando se agita e altera
e dessa forma nosso amigo
nos avisa do perigo
se o julgamos conhecer
num amigo que teremos
e nem sempre percebemos
o que nos quer dizer
os amigos onde estão!?
não os vejo, quem serão!?
dum amigo recebemos
apoio se precisamos
ralhos se os merecemos
um amigo ouvir
um alerta nos fazer
quanto custa entender
que os avisos que nos faz
são bóia p’ra nos salvar
e assim somos capaz
de seus erros perdoar
p’los amigos inventados
somos pedaços de vida rasgados
ficando sem saber
quem somos
que faremos
donde vimos p’ra onde vamos
somos ilha, continente
pequena migalha de gente
estamos aqui e além

somos tudo e ninguém!
.
Autor : Pintor de Palavras

quinta-feira, setembro 15, 2022

Pode um homem chorar

Pode um homem chorar
Se em noite cálida, calma
É de morte ferido
Por gelada Adaga
Que lhe estilhaça a alma

Se uma bala mata
Na rapidez de um repente
O gelo de uma Adaga
Cortando a alma
Só quem sofre a sente

De feridas tão profundas
Rasgos da Adaga vão ficando
Gela o sangue nos
Gritos mudos de quem sofre
Em sua alma a Adaga penetrando

Autor :Pintor de Palavras
Imagem:Anthony Garcia 

quarta-feira, setembro 14, 2022

Fui visitar as estevas


Fui visitar as Estevas
Pelos campos abandonados
Encontrei a saudade
De não serem cultivados
Vi nos campos a tristeza
Das saudades do arado
Que lhe sulcava o ventre
Onde germinava a semente

Autor : Pintor de Palavras

segunda-feira, setembro 12, 2022

Uma forma de AMAR



Dias que passando
São
Meses, anos de vida somando
Em cada um crescemos um pouco
Em cada letra, em cada linha
De palavras sóbrio
Qual poeta louco
Em cada poema exponho
De quanto sou um pouco
A cada momento um sim
Tráz euforia paixão,
Rastejante vem um não
Avulta o amargo sabor do desencanto
Envolto em turvo manto
De ambíguas palavras
Germina a força de duvidar
Será talvez esta
A minha forma de amar

Autor : Pintor de Palavras 30 de Agosto de 2022
(Imagem Janelle Pietrzak)

domingo, setembro 11, 2022

...



Acordei às 6 da manhã, despertado pelo som da
saudade.
Hesitei… mas sim!
Saudei com a ternura que é minha limitando a saudade.
.
Pintor de Palavras

sexta-feira, setembro 02, 2022

Recordações


Neste sol que me envolve
Pelo mar que estou olhando
Recordações
Breves, indolentes
E outro tempo
Pelo tempo vão passando
Ondas repetidas
Em monótona sequência
Fracas
Esmorecidas
Na praia desmaiando
Soltas folhas esvoaçando
E, ao vento
Em seu cair
Sonhos de vidas perdidas
Vão levando

sexta-feira, fevereiro 19, 2021

Era Jovem Sonhador

Era jovem sonhador
Sonhando eu parti
Outras terras, outros povos
Outras gentes conheci
E um dia voltarei, voltarei
Á terra onde nasci
Voltarei, voltarei, voltarei
Voltarei para ti
Pelo mundo onde andei
Muitas mulheres conheci
Não tão belas como tu
Como tu eu nunca vi
Voltarei, voltarei, voltarei
Voltarei quando quiser
Voltarei, voltarei, voltarei
E serás minha mulher
Voltarei, voltarei, voltarei
Voltarei, se me quiseres
Voltarei, voltarei, voltarei
Por ti deixo outras mulheres
Voltarei, voltarei, voltarei
Diz se ainda me queres
Voltarei, voltarei, voltarei
Das terras que percorri
Voltarei, voltarei, voltarei
Voltarei para ti
Voltarás, voltarás, voltarás
Voltarás é meu querer
Voltarás, voltarás
E serei tua mulher
Voltarei, voltarei, voltarei
Voltarei quando quiser
Voltarei, voltarei, voltarei
E serás minha mulher

terça-feira, novembro 17, 2020

Oraçao

Ó Senhora nossa

Vós que nos amais
pelos caminhos da fé
nossos passos guiais
com nossas preces
nós te pedimos
que protejas sempre
os nossos meninos
sentindo mais
amor a Deus
quero cada dia
ser mais um dos TeuS

segunda-feira, setembro 18, 2017

Só!

Agniezka Motyka

Estar ou ser
Conceito, opinião, sentimento
Está só estrela de galáxia
Por milhões de celestes corpos irmanados
Formando uma só
Em sua complexa estrutura

Milhares em públicos transportes
No asfalto, intermináveis
De olhares relanços
Imperceptíveis emoções lendo
Bandos em síncronas correrias
Na procura de um
Mundo que tentam alcançar

Amantes que se abraçam
Corpos se fundindo

Se entrega a devaneio prazer
Imagem de outro amante passado
Que deixou memórias

domingo, maio 28, 2017

Drible


Finta a vida
Dribla a sorte
Por alvas serras
De ideias manhosas
Em galinheiro de pensamentos guarda raposas
Caçando almas desamparadas
Falhas de fé
Sonhos amputados
Hábil a esgrimir
Armas de bem falar
Sapiente no dizer
Em momento certo
O que querem ouvir
Joga os dados
Driblando sortes
Fintando vidas

quinta-feira, maio 25, 2017

Sorrisos

olga astratova


Gaivotas não deixaram de voar
Sobre o calmo tejo
Sua graça vertendo
Em bandos de alegria marejando
Flores nos jardins não murcharam
Lírios, Magnólias, Jasmim
De escarlate rosas
Os rios não secaram
Tépidas, calmas, revoltas
Águas de ilusões
Em mares desaguam
Perdendo-se em ondas
Por marés levadas
Não será
Por desencontrados caminhos
De ideias seguidos
Em fuga da amizade
Que os sorrisos se quebram

quinta-feira, maio 18, 2017

diz-me...

victor bauer

Estás na noite
Pra lá do vento
Entre o ir e o vir
Das palavras trocadas
Em que a poesia
Se faz sentir
Diz-me
Onde andas
O que fazes
Nas horas em que não estou
Diz-me
Se há um tempo
Em que o tempo te trará
Num abraço que se troca
No aperto de quem deseja
Ser mais que nada
Onde está a magia
De teus olhos
Brilhando noite e dia
No sorriso do teu olhar
Em tua boca
De beijos sedenta
Noutra boca procurando
Beijos para trocar
Diz-me…

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