domingo, fevereiro 22, 2015

É preciso

Nikita Sergushki


É preciso entender
Quer o tempo chore ou ria
Há vidas para viver
E mesmo a negra noite
Uma luz iluminará
As curvas dos pensamentos
Que seus sonhos guiarão
É preciso entender
Que o dom da vida
É bem a preservar
São sonhos das palavras
Que se dizem
E na forma de as dizer
É preciso entender
Nas asas de uma má palavra
Para longe
Corações podem voar
E não serão outras palavras
Que os farão regressar
É preciso entender
Para montanhas mover
É necessário almejar
E a força de amar
É preciso entender
Que para sonhos realizar
É preciso confiar!

terça-feira, fevereiro 17, 2015

Não





Não existe
É tão só uma evasiva opção
Tida com verdade
Desculpa
Para além da visão
Do que rodeia quem
Depreendendo ser
O centro do mundo
Diz estar só
Em envolvente multidão
Escusa de argumentos
Por veredas de palavras ocas
No deserto de atentar
Em dolência de queixume
Se deixa embalar
Esquecendo a alegria
Divaga sempre triste
Cerrando-se em si
Esquece
Que a solidão não existe.

terça-feira, fevereiro 10, 2015

Fado

Ira Zhuyka Dzhul

Na letra de um fado
Recordações de um passado
Que nos canta alegrias
É poema que recorda
Quantos encantos vividos
Pelas noites
Pelos dias
Cada canto é um acorde
Nos gemidos da guitarra
No trinar de uma viola
Quando sentida nos diz
Estava precisada de alguém
Que gostasse de mim assim

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Penso que fui

Ildiko-Neer

Penso que fui
Já não sou
Quem
No vago das noites
Exilio a prazo
Assumido
De frigidas vestes guarnecido
No tempero de um grito
Que da dolência se alimenta
Já fui
Já não serei
Ou serei
Amásio
Acaso o vazio regresse
E então nada foi
Porque há sempre
Um silêncio
Que guarda
O que de nós
Sabemos acolher

sábado, janeiro 31, 2015

Ausencia

Katerina Plotnikova


Jogam-se os pensamentos
Onde os desejos nos levam
Criando sonhos
Alimentados pelas vontades
Sentidos pelas saudades
Tidas na ausência
Acrescidas pelo tempo
.

sábado, janeiro 17, 2015

Flor



Bolachinha, Torrão
Desliza graciosa
Ente as mesas e o balcão
Sorriso amável
Olhar maroto
Algo malandro e afável
Sedutora no andar
Espalhando alegria
Sem ser linda
Sabe ser bela
Rebento de flor de primavera
É
Dália, Lírio, Magnólia
Flor de encantos mil

quinta-feira, dezembro 11, 2014

acorda

Dorota Miklaszewska

Faz de conta que
É Natal
A alegria invade os povos
Faz de conta que
As guerras acabaram
As armas soçobraram
Faz de conta que
Os famintos estão saciados
Os sem um abrigo aconchegados
Faz de conta que
As crianças brincam em verdes prados
Saltitando como balões de exuberantes cores
Faz de conta que
A verdade é lei universal
Que rege a vida dos povos
Faz de conta que
Um abraço cura um enfermo
A esperança renasce
...
Acorda

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