Palavra que entre nós se encontra associada a ritos pagãos, onde impera a ideia de sensualidade, em que os corpos se desnudam e rebolam ao ritmo do samba.
Ideia associada também a alguma critica mordaz à classe política e social que foi sendo criada com base na máxima “é carnaval ninguém leva a mal”.
Do que procurei aprender sobre o esta data ficou-me a ideia que os historiadores não se entendem sobre a sua origem, motivação ou razão de existir.
São vastas as teses sobre as origens, motivações e evoluções do carnaval.
De todas as manifestações associadas ao carnaval retenho-me no uso da máscara, acessório que, nesta data se coloca ( ou se retira ) conforme o caso.
O colocar (ou retirar) da máscara pressupõe talvez a procura de um acto de liberdade, em que alguém se pode expandir e soltar a repressão social a que está sujeito, na obrigação de padrões de ser e estar segundo padrões de ética definidos, mesmo que envolta no cinismo e mentira em que assenta uma sociedade onde que os valores básicos da sã convivência se encontram adulterados.
Olho o copo, já despejado do liquido, e… será que também ele é uma máscara?
Fui escrevendo e, quase sem dar por tal, o liquido que o copo continha passou para outro recipiente.
Passa a fazer parte da minha corrente sanguínea.
É um corpo vazio agora, inerte, sem utilidade.
De quanta inutilidade somos feitos!!!
Rememoro as noticias onde…
- acidente na A? Faz n’ vitimas;
- homem baleia mulher e anda a monte;
- no Gana os conflitos étnico políticos continuam, a fazer mortos;
- palestinos auto suicidam-se.
Um autentico carnaval em que vive uma sociedade que já caiu pelo abismo, imparável na sua auto destruição.
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