Estar
ou ser Conceito,
opinião, sentimento Está
só estrela de galáxia Por milhões de
celestes corpos irmanados Formando
uma só Em
sua complexa estrutura Só Milhares
em públicos transportes No
asfalto, intermináveis De
olhares relanços Imperceptíveis
emoções lendo Bandos
em síncronas correrias Na
procura de um
Só
Mundo
que tentam alcançar Só Amantes
que se abraçam Corpos
se fundindo Só Se
entrega a devaneio prazer Imagem
de outro amante passado Que
deixou memórias Só
Dribla a sorte Por alvas serras De ideias manhosas Em galinheiro de pensamentos guarda raposas Caçando almas desamparadas Falhas de fé Sonhos amputados Hábil a esgrimir Armas de bem falar Sapiente no dizer Em momento certo O que querem ouvir Joga os dados Driblando sortes Fintando vidas
Sobre o calmo tejo Sua graça vertendo Em bandos de alegria marejando Flores nos jardins não murcharam Lírios, Magnólias, Jasmim De escarlate rosas Os rios não secaram Tépidas, calmas, revoltas Águas de ilusões Em mares desaguam Perdendo-se em ondas Por marés levadas Não será Por desencontrados caminhos De ideias seguidos Em fuga da amizade Que os sorrisos se quebram
Em cada um existe O herói e o vilão Que vai dizendo que sim Sabendo dizer não O tempo que o tempo leva É o mesmo que tempo trás Que parecendo igual Se torna diferente Esquecendo o que sentiu Nas recordações Do quanto sente Albergando regresso de memórias Que se tornam turbilhão Vivido no presente
Nem a lua Escondem os seus defeitos De virtudes escassa Fluente na atitude Da verdade nua e crua Que se ergue Nas palavras Ditas por amor ou azedume Em permanente fogueira de paixões Nascidas de uma vida vazia Em constante procura Do odor de um novo perfume