terça-feira, maio 29, 2012

Adolescência


Na adolescência
A Inocência
Da vida sonhar
Sua musa encontrar
Uma melodia escrever
Para sua beleza cantar
Em suas mãos
O mundo pegar
Em paixões gigante
Nos ideais amante
Em cada esquina
Sem medos sentir
Num rasgo
A vida encontrar
De nada fugir
Sentir
Nada acabar
Desabridamente Amar
Amargura sentir
Se um amor perder
Sonhos guardando
Sentir que é amado
Sabendo que está amando
Um olhar feliz
Tudo lhe diz
Em paixão incontida
Sente pulsar
A vontade de amar
Na força da vida
Seu peito se abre
Em Arco-íris
De sentimentos
Seu amor é lança
Que novos amores lhe traz
Seu êxtase alcança
E faz sonhar
Na Inocência
Da Adolescência.
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Foto : mycatherina

segunda-feira, maio 28, 2012

às vezes





As vezes dou comigo a meditar coisas que não posso compartir.   Penso que por vezes sou desigual de tudo, e então sonho que sou uma árvore e que tu és uma ave, que se sentará num ramo a chilrear.    Amanhã é um outro dia e então talvez eu me tenha metamorfoseado, já em outro personagem.  Talvez eu seja um barco.    E a tormenta da noite acordará os meus delírios e eu volte a ser vulgar.    Amanhã é outro dia deste mês de Maio.    Amanhã há uma vida para redescobrir.
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domingo, maio 27, 2012

espraiando


Para ver os teus olhos
Espreito pela janela
Dos meus desejos
E vejo neles o azul que o céu reflete
Em cores doces e singelas
Na penumbra da sombra
Que uma nuvem desliza
Sobre nós
Em reflexo da força
Que em ti que invento
Para saber onde começa
O brilho que de teus olhos emana
No espelho do teu corpo
Espraiando sobre a cama.
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sábado, maio 26, 2012

No Céu



No céu as nuvens espreguiçam-se
Em pingos de chuva
Que brandamente
Dissolvem-se em mim
No meu corpo que se sente ensopado
E gélido
Não gosto de sentir o cair da chuva
Em mim
Mas sorvo as gotas
Como cálices de saudades
Fecho os olhos
E
Lembro-me de ti.
.


segunda-feira, maio 21, 2012

Divagação




Contigo era tudo muito complexo
No entanto, aprendi coisas simples
E quando tu me olhavas e os teus olhos
Ficavam ainda mais azuis e  umas rugas finas
Te serpenteavam a testa, eu sabia que
Era melhor me reprimir, senão ainda tudo ruía
E em meu redor as flores acabariam
Por expirar de sede.
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Foto:Suravi

quarta-feira, maio 16, 2012

Praça da Figueira ou um Retrato de Lisboa


 
Fim de Tarde

A instalação sonora debita uma música que pretende dar alguma animação à praça.
Algumas pessoas, não muitas, passam em fim de dia, umas apressadas outras nem tanto, poucas as que param mirando as montras talvez olhando aquela peça que gostariam de possuir e...
Alguma deambulando pela canícula que se faz sentir deixando que o ocaso traga a noite e com ela ...
Um invisual tenta descobrir uma fresta entre o emaranhado de carros estacionados, alguns corretamente outros nem por isso ocupando parcialmente o passeio.
Eis que a nesga! está ali!
Quer atravessar a rua?
Sim! Posso atravessar?
Pode!
Uma mão no braço. Seria preciso?
O encontro com o passeio do outro lado da rua.
Cuidado!
Onde devia estar a calçada um omnipresente buraco assumindo-se com orgulho.
Aqui estou. Sou um de muitos que existem por essa Lisboa.
Desvio
Retoma do percurso
Mais à frente as mesas e cadeiras da esplanada de um café tomam conta do passeio.
Desvio,
Sem hesitações.
Este é um obstáculo já conhecido.
Presente e permanente como tantos nos passeios de Lisboa

Foto : colinek

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