Quado me sinto triste e de alma cansada Quando o coração pesa e tudo perde o sentido Eu paro e olho o Céu imenso E sinto-Te a meu lado Dás-me força para galgar montanhas Elevas-me para andar sobre o mar Em Teus ombros me levas Dás-me forças para eu me levantar E o meu coração Vens alcançar Elevas-me para alcançar mais do que julgava conseguir Não há vida sem acreditar em Ti Meu coração bate de forma imperfeita Mas Tu chegas e eu me erguendo Te abraço E em Ti creio encontrar a eternidade
As areias húmidas da praia Afagam pensamentos Que os olhares buscam No mar imenso Nas desmaiadas ondas Que banhando descalços pés Arrefecem sentimentos No cansaço da espera Enviando para recônditos lugares De memórias perdidas Recordações de vãs esperanças Que aos poucos vão morrendo Num adeus amigo E de saudade sentido
Da ponte da madrugada De imaginários ninhos Saltam pássaros Abrindo as asas aos ventos de norte Carregando frio cortante Qual cutelo de afiado gume Degola impiedosamente Os sonhos de liberdade e aventura Calando o chilrear das alegrias Da sinfonia das folhas das árvores Na floresta dos amores Um dia encontrados E por atalhos perdidos Foram decapitados
Desce-se No início lentamente Depois Depois a inclinação vai sendo mais ingreme A impulsão da força da gravidade Aumenta a velocidade Sem a percepção do que acontece A distância aumenta Perdem-se horizontes E o inicialmente expectável Começa a ser irrealizável As vontades enfraquecem Os desejos vão decaindo Até que um dia, uma noite Algures Acordamos e Nasce a certeza de que algo se finou